1 Uma Breve Linha do Tempo
A etimologia da palavra ‘dados’ tem sua origem vem do latim “datus” ou”datum” que significa algo entregue. Nos verbetes dos dicionários sobre ‘dados’ constam como informação factual, tal como medidas ou estatística, usado como base para raciocínio, discussão ou cálculo. Também considera-se as saídas de dispositivos sensorial que abrange tanto informações relevantes e irrelevantes, ou mesmo redundantes, que devem ser processados para trazer sentido a um usuário ou observador. Outro termo que consta é no sentido da informação em formato digital que pode ser transmitido e processado.
Diversas evidências arqueológicas mostram a utilização de artefatos para registrar e armazenar de dados. O primeiro uso de dados, que se tem registro, remonta aos 19 mil A.C. O período situa-se no paleolítico, quando um ancestral comum dos seres-humanos utilizavam como ferramenta uma fíbula (perônio) de babuíno, conhecida como o Osso de Ishango. Estima-se que eram utilizadas para realizar contagem. Alguns arqueólogos sugerem ainda que estes itens eram usados para além da contagem simples. Outros artefatos também foram encontrados tais como o Osso dos Libombos. Ele foi encontrado nos Montes Libombos em Suazilândia, localizado no sul do continente africano. Uma tíbia de lobo de 32.000 anos que conta com 57 traços, agrupados em 5 grupos, foi descoberto na Checoslováquia, localizado no leste europeu. Consideramos esses artefatos pré-históricos como as primeiras evidências de registro de informações.
Em 1640 na cidade de Londres, um chapeleiro chamado John Graunt, começou a coletar dados sobre as causas de mortes. Os dados eram divulgados nas paróquias de Londres. As divulgações ofereciam informações sobre nascimento, morte e a causa do falecimento.
Em 1880, o estatístico germano-americano Herman Hollerith ao observar os condutores de trem perfurar os catões de embarque percebeu que o cartão perfurado continha uma certa informação. Inspirado nisso, ele teve a ideia de como escrever e processar dados. Baseando-se na engenharia do famoso tecelão Joseph Jacquard, Herman Hollerith começou a construção de uma máquina de tabulação instruída por intermédio de cartões perfurados. Por volta de 1885, Herman Hollerit termina a primeira versão, que mais tarde ficaria conhecida por máquina Hollerith. Ao final da década ocorre sua inauguração em Paris na famosa World Exposition.
Uma das primeiras utilizações da máquina foi junto ao governo americano para a realização do 11° censo em 1890. Com 62 milhões de cartões e 43 máquinas Hollerith o processamento dos dados do censo americano durou 3 anos, ao passo que foram gastos 8 anos no censo anterior. Devido ao grande sucesso, Herman Hollerith funda a Tabulating Machine Company. Desafortunadamente, o seu forte temperamento trouxe enormes dificuldades na gestão da empresa. Como resultado, a companhia é vendida para a Computer Tabulating Recording Company em 1911 e que por sua vez muda de nome para International Business Machines Corporation em 1924.
Em 1928, o engenheiro alemão Fritz Pfleumer desenvolve a primeira versão da fita magnética para armazenamento de dados. O novo dispositivo era capaz de armazenar músicas. Na famosa feira de exposição industrial de Berlin Internationale Funkausstellung Berlin foi apresentada ao público a fita magnética em 1930. Sua patente foi vendida para uma empresa alemã AEG, que forneceu diversas melhorias no projeto. A partir desses esforços surgiram o Magnetophon (gravador de fita mais conhecido). Após a rendição da Alemanha, John Mullin do US Army Signal Corporation “encontrou” um gravador de modelo Magnetophon em uma estação de rádio nas intermediações da cidade de Frankfurt. Posteriormente outras dezenas de fitas foram “encontradas” e enviadas aos EUA. Em pouco tempo a era das transmissões de rádios 100% ao vivo chega ao fim.
1.1 Dados e sua Interpretação
Existem diferentes tipos de dados de acordo com sua classificação: numérico, textual, booleana, vídeo, imagem e áudio, ponto geoespacial, binário , hashes, símbolos, funções. O escopo é grande e continua a evoluir conforme nosso ambiente muda ao nosso redor. Um banco de dados pode ser entendido como um coleção de dados relacionados que permitem a inserção, atualização e recuperados e que possuem significado implícito. Exemplo: agenda do celular, catálogo de peças no estoque, planilha de custos etc. Dado: representação de fatos, conceitos ou instruções de uma maneira normalizada, podendo ser adaptados à comunicação, interpretação e processamento. Informação: todo o conjunto de dados devidamente ordenados e organizados de forma significativa.
Os primeiros banco de dados na era da computação trabalhavam por meio de arquivos de textos para guardar os dados. Redundância e inconsistência não controlada de dados. Aplicações dependentes da forma de armazenamento. Desafios em um sistema de informação. Início dos anos 60 surgem os primeiros sistemas de gerenciamento de banco de dados SGBD. Em 1960, Edgar Codd introduz os conceitos e ideias para criar um sistema de gerenciamento de banco de dados relacional que contemporaneamente chamamos de tabela de dados. A estrutura do modelo de Edgar Codd descreve os dados com seus atributos em colunas e seus respectivos valores nas linhas e a tabela inteira também recebe um nome como atributo. Os desafios impostos ao sistema de informação. Gerenciamento de grande quantidade de informação. Evitar inconsistência de dados. Facilidade de acesso. Segurança de dados. Garantia de integridade, facilidade de migração.
Orientado pelos desafios propostos para um sistema de banco de dados. Os SGBDs foram uma grande evolução em relação aos sistemas arquivos de armazenamento em disco vigentes na época. Surgimento de novas estruturas de dados com o objetivo de armazenar informações. Em 1970, o cientista da computação Edgar Codd introduz os conceitos e ideias para criar um sistema de gerenciamento de banco de dados relacional que contemporaneamente chamamos de tabela de dados. A estrutura do modelo de Edgar Codd descreve os dados com seus atributos em colunas e seus respectivos valores nas linhas e a tabela inteira também recebe um nome como atributo.
As características desejadas de um SGBD são:
Gerenciamento de grande quantidade de dados
Evitar redundância e inconsistência de dados.
Concorrência de acesso.
Facilidade de acesso.
Segurança de dados.
Garantia de integridade.
Facilidade de migração.
Suporte a Transações.
Alguns exemplos modernos de SGBD capaz de gerenciar grandes volumes de dados. Segue abaixo alguns exemplos dos bancos mais famosos e utilizados do mercado.